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Mostrando postagens de junho, 2021

Que certezas posso ter acerca da minha própria saúde mental?

A propósito de um texto,  A Sílvia e eles , e esta foto, aparecidos no Público, a 13 de Junho de 2021, da autoria de Carmen Garcia. Ao ler este texto, surgiu-me a seguinte dúvida: como posso ter a certeza de que não estou a ter um delírio quando penso numa coisa qualquer? Sim, porque a convicção que eu sinto não difere muito da que Sílvia sente. Eu até uso muitas vezes a palavra “eles”, quando penso e falo daquilo que me parecem faltas de respeito, ou até mesmo conspirações, contra as pessoas sem poder! Mas, e se partilhasse o que penso com outras pessoas, e tivesse a confirmação da maior parte delas de que estava a pensar e a sentir corretamente? Mesmo isso não me daria segurança quase nenhuma: há muitos exemplos, da história recente ou da mais antiga, de alucinações e de delírios coletivos que são até, nalguns casos, particularmente assassinos.  Como diz a autora do artigo, "A fronteira que delimita a nossa saúde mental é frágil". E eu acrescento: nada me garante, nem agora